Eu vou iniciar esta mensagem com um disclaimer: não possuo qualquer posição aberta no BCP, nem pretendo ter.
As ultimas 2 semanas de negociação do BCP forma extremamente violentas, perdendo aproximadamente 40% do seu valor, em apenas 10 sessões. Os volumes foram brutais, tendo esta semana multicado por 6 a sua média. Aliás, estas ultimas semanas registaram máximos históricos de transacções.
gráfico semanal 2000-2011 |
Não existe qualquer sinal de abrandamento nas quedas (consistente). No entanto, começo a considerar poder estar para breve um grande ressalto. Por motivos psicológicos e técnicos.
Na ultima mensagem (08-11-11) escrevi:
- Perante este cenário, qualquer abertura de posições longas significa uma fortíssimo risco ao capital. No entanto, existe algo de diferente nestes últimos dias: o volume. Ele está a ser enorme e constante, muito acima da sua média. Desde Junho de 2007 isso não acontecia. Será algum sentimento de pânico a ficar instalado?
Os volumes de ontem e hoje parecem indicar o total medo ou pânico instalado. As noticias da comunicação social (umas especulativas, outras reais) acabam por alimentar este sentimento.
Todos os indicadores apresentam igualmente níveis históricos. O RSI (tal como o MFI) encontra-se subcomprada desde Junho deste ano, o ADX está no valor mais alto de sempre (visível no gráfico semanal).
Ontem o BCP abriu em gap down, nada habitual nesta cotada. Hoje deixou um Doji, vela de indecisão. O conjunto das ultimas velas é um possível Harami Cross Bullish, o que pode indicar uma correcção fraca a moderada.
gráfico diário |
Para favorecer este possível ressalto, seria bastante interessante a correcção ser iniciada com um gap up, igualmente com um forte volume. Desta forma ficava formada uma ilha de fundo ou reversão.
Após a apresentação da minha leitura ao BCP actualmente, volto a reforçar: o risco de perda de capital é enorme. Não faz parte da minha forma de negociar abrir posições, nestas condições. Longos é tentar remar contra a maré e um autentico jogo de sorte/azar. Curtos podem apanhar o ressalto e serem fortemente surpreendidos.